Nova funcionalidade do Drex para o Bolsa Família deve ser testada entre abril e maio.
A Caixa Econômica Federal estuda incorporar o Drex, a nova moeda digital brasileira, em seus produtos e serviços, como o Bolsa Família.
Desenvolvido pelo Banco Central em conjunto com um consórcio composto pela Elo e Microsoft, com 16 participantes, o projeto piloto do Drex visa explorar inovações no cenário financeiro nacional.
O real digital, como é denominado pela instituição bancária, apresenta como uma de suas características a possibilidade de pagamento offline, especialmente direcionado para benefícios sociais.
A proposta é que beneficiários do Bolsa Família possam receber seus benefícios por meio de um cartão offline, facilitando transações mesmo em áreas sem acesso à internet.
O superintendente nacional da Caixa, Rafael Dias Silva, informou à Folha de São Paulo que a implementação dessa função específica está prevista para ser testada entre os meses de abril e maio.
A ideia é proporcionar maior comodidade para moradores de regiões remotas, como comunidades ribeirinhas, que muitas vezes enfrentam dificuldades para acessar agências bancárias ou a internet.
Silva ressalta que o objetivo é evitar que os beneficiários tenham que se deslocar para outras cidades a fim de sacar o dinheiro do Bolsa Família. Com a utilização do Drex e do cartão offline, a transação seria possível em locais sem conectividade online.
No entanto, a implementação dessa iniciativa ainda depende de futuras regulamentações do Banco Central. Segundo a Caixa, aproximadamente 5% dos beneficiários do Bolsa Família poderiam ser contemplados por essa solução, se for aprovada.
Drex
O Drex faz parte da família do Pix, mas não é uma tecnologia de transações instantâneas, mas sim a própria moeda digital, representando o real de forma digital.
Ao contrário das criptomoedas, o valor do Drex será estável, espelhando o valor do real. Além disso, a moeda digital tem potencial para ser mais rastreável do que o dinheiro físico, o que pode facilitar ações de combate a fraudes.
Para acessar o Drex no futuro, será necessário ter uma carteira digital em uma instituição autorizada pelo Banco Central.
A proposta do real digital surge em meio à transformação digital do sistema financeiro brasileiro, buscando otimizar transações e proporcionar soluções inovadoras para a população.
Fonte: Portal Contábeis