Uma precificação mal feita pode quebrar o seu empreendimento

Uma pesquisa apontou que 91% dos entrevistados não tinham certeza se a precificação do seu produto ou serviço estava baseada em cálculos.

Uma precificação mal feita pode quebrar o seu empreendimento

Um dos grandes vilões dos micros e pequenos empreendedores é não saber cobrar o preço correto pelo produto ou serviço que entrega.

O valor estipulado por meio do “chutômetro” acarreta na quantia errada, seja ela para cima, que pode ocasionar na perda de um cliente, ou para baixo, ganhando um cliente, mas perdendo dinheiro.

Muitos se empolgam com o aumento das vendas, porém se esquecem que alguns dos custos também aumentam, como por exemplo impostos, equipe, estrutura e etc.

Caso esses custos não sejam calculados dentro do preço, o empreendedor perde de vista quanto realmente está lucrando com a venda e, no pior dos casos, tem a falsa sensação de que vendeu mais e pode tirar mais dinheiro para si, mas no final das contas vendeu mais, gastou mais, porém como o preço estava errado, em vez de lucro, teve prejuízo.

Toda precificação exige uma fórmula que envolve a cobertura dos custos do produto entre outros gastos, além de ter que arcar com as despesas fixas da empresa, como também sobrar dinheiro para investimentos, lucro e até para o salário do próprio dono da empresa.

Segundo pesquisa feita entre 2019 e 2020 pela 4blue, especialista em gestão financeira para pequenas, micro e médias empresas, entre os alunos do seu curso de Gestão Financeira Lucrativa, apenas 9% dos 1600 entrevistados tinham um método correto de precificação de seus serviços e produtos, sendo que 45,5% contava com uma forma, mas não sabia se estava correta e os outros 45,5% se baseavam apenas pelo mercado.

Esses dados apresentados impressionam, visto que o preço correto é um dos primeiros itens a serem levados em conta quando se pretende entrar no mundo dos negócios.

Para Renan Kaminski, sócio-fundador da 4blue, o micro e pequeno empreendedor que geralmente tem uma ou outra fórmula, se esquece de combinar todas as variantes de um negócio para ter um valor final.

“É justamente nesse ponto que a maioria dos empreendedores erram! Eles simplesmente pegam o custo variável e colocam uma taxa de marcação aleatória, esquecendo principalmente das despesas fixas e essas despesas, faça chuva ou faça sol, estarão todo mês ali para o empresário pagar”.

“Se você não sabe onde quer chegar, qualquer lugar serve” – Kaminski também fala da importância de ter um faturamento previsto para entrar nesse cálculo, já que ele dará a base da porcentagem de quanto o negócio deve faturar para se manter e manter também o empresário.

Porém, ele alerta para que o empresário seja realista na hora de estipular uma previsão: “Colocar um faturamento maior que o possível fará seu preço ficar abaixo do necessário; se colocar um faturamento muito menor que o possível, o preço pode ficar acima do preço de mercado. Em ambos os casos, você não estará operando de maneira sustentável”.

Para chegar ao valor mensal de faturamento ideal, o empreendedor pode consultar o histórico de vendas dos últimos meses.

Já no caso das empresas que estão sendo criadas é importante fazer um estudo pensando em quanto se pode faturar e comparar com a média de mercado, analisando a precificação de empresas concorrentes do mesmo ramo e porte.

O especialista finaliza com um conselho: “Não considere que a primeira tentativa de precificação resultará no preço ideal. Sugiro que alguns exercícios sejam feitos, como aumentar e diminuir despesas fixas, como também reduzir e aumentar o faturamento previsto, pois tudo isso afeta o preço final”.

Com informações de Jornal Contábil

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